domingo, 30 de janeiro de 2011

Ainda.


Ando pensando em tudo. Pensando em como pude ter encontrado alguém como você. Mas não era como você, mesmo se parecendo. Não tinha o que me falta, o que você levou. Então por que eu sempre procuro? Talvez por insegurança. Medo de não encontrar alguém que me preencha novamente. Alguém que fique por perto, sem que eu tenha que fazer algo. Por que eu já me cansei, amor. Cansei-me de ter que falar, sentir, pensar... Cansei até mesmo de procurar. Se eu não procuro, não acho. Se não acho, continuo vazia... Mas e agora? E os meus medos, como ficam se me sinto tão cansada? Ainda tenho uma esperança mórbida de que me achem, de que falem e sintam, sem que eu tenha que me esforçar. E sei que o que eu quero é demasiado, mas já não tenho forças. Já não sei se me sentiria tão bem sendo o que eu era. Por você. Agora para qualquer outra pessoa... E amor, não pense que quero que você volte. Então apenas fiquei ai, onde quer que esteja. Apenas me deixe continuar respirando, por que eu não sei se vou ter força de vontade para continuar. De tentar me importar com quem merece ou mesmo me importar com quem me faz bem. Não sei se ainda posso ser reconstruída. Por isso eu só fecho os olhos e respiro. Numa tentativa forçada para dizer aos outros que estou bem, por que eu estou mesmo. Bem demais. Bem melhor do que pensei que estaria. E agora, já não me resta muito que fazer quando não farei o que é preciso, para mim. Ainda me sobra ar. Ainda me faltam pedaços. Só. Ainda...

2 comentários:

Raíla G. disse...

Ainda. O seú 'ainda' é o que muda tudo, sabia? O seu ainda diz 'eu tenho esperança'.

Lindo texto. bj.

Andressa Nascimento disse...

''E agora, já não me resta muito que fazer quando não farei o que é preciso, para mim.'' Essa parte é perfeita, todo o texto é perfeito.

Estou seguindo.
http://apeenas.blogspot.com/