quinta-feira, 26 de maio de 2011

Feel the sunlight

É engraçado como, depois de tanto tempo carregando nas costas uma carga emocional tão insuportavelmente pesada, eu me vejo agora sentado em um banco no corredor, ouvindo músicas que me trazem a mente cenas de por-do-sol na praia, e tenho meus ombros completamente relaxados. É como se por um breve momento eu conseguisse emergir de um mar que por meses me afogava a minha cabeça sem fôlego. E agora eu consigo respirar. E não só consigo respirar como me sinto respirar: e essa sensação é incrivelmente relaxante. E relaxar é exatamente o que eu estava precisando fazer.


Sinto vontade de simplesmente fechar os olhos e sentir a vida. Sentí-la como nunca antes eu me retive a fazer. Sentí-la apenas por sentir. Sem objeções, sem aversões ou oposições. Tenho vontade de deixar-me fluir. Tal qual uma certa nuvem que eu consigo observar exatamente agora, fluindo solitária; mas fluindo. Tal qual o meu sorriso que timidamente insiste em se desenhar em meu rosto mesmo sabendo que eu não gosto dele. Mas como eu disse antes, não é hora para objeções. Vou ficar, portanto, por aqui. Ou por ali, não sei. Vou observar o movimento das sobras, e ouvir o barulho do vento enquanto flui. É. Flui. Simplesmente, flui. Assim como o meu sorriso teimoso.

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